Ética prática
“Ao longo de ravinas cheias de matas e gargantas rochosas, um rio corre para o mar. A comissão estadual de hidroeletricidade vê as águas que fluem como energia não aproveitada. A construção de uma represa em uma das gargantas resultaria em três anos de trabalho eventual para mil pessoas e de trabalho permanente para vinte ou trinta. Em termos econômicos a represa armazenaria água suficiente para garantir que, nos próximos dez anos, o Estado pudesse satisfazer as suas necessidades energéticas. Isto incentivaria a instalação de industrias grandes consumidoras de energia, com o que se estaria fomentando a geração de empregos e o crescimento econômico.”(p.279)
A questão levantada pelo autor nesse capítulo é de se a represa deve ser construída, ou se deve-se manter as especificidades do meio ambiente da região, preservando-a. Se a opção for pela preservação quais os tipos de espécies deve ser preservada? Qual ética deve ser adotada?
Desde os primórdios da história humana, o relato bíblico da criação remonta que o homem possui lugar de destaque podendo dispor da natureza como bem lhe aprouver, no entanto os defensores do meio ambiente não vêem isso como uma licença para fazermos tudo o que querermos com as outras vidas, mas sim um alerta para cuidarmos delas em nome de Deus.
No entanto a tradição ocidental dominante entende que os seres humanos sãos os únicos membros realmente importantes desse mundo, e que “(...) a natureza em si, não tem valor intrínseco e que a destruição de plantas e animais não pode configurar pecado, a menos que através dessa destruição, façamos mal aos seres humanos”. (p.283). Esta seria uma ética centrada no ser humano.
“(...) O rompimento dos ciclos naturais da vida das plantas e dos animais significa que a floresta jamais será como teria sido se não tivesse sido derrubada. As vantagens decorrentes da derrubada da