Ética no marketing
André Cauduro D'Angelo, é Graduado e Mestrando em Administração na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Suas áreas de interesse em pesquisa são comportamento do consumidor, antropologia do consumo, macromarketing, marketing estratégico.
O presente texto aborda os questionamentos de ordem ética, envolvidos nas atividades que concerne a pratica do marketing. Historicamente, tais praticas estão envoltas em cenários de critica, onde tomando como base a literatura acadêmica relativa ao tema, podemos vislumbrar duas categorias do questionamento ético: a primeira referem-se às características do sistema capitalista, no qual diz respeito ao presumível estímulo materialista despertado pelo marketing; a segunda, de caráter mais prático, enfoca atividades de marketing como precificação, propaganda e vendas. Essas categorias compartilham a multiplicidade de visões, no campo relativo à ética, sendo este um meio complexo que repousa na subjetividade, podendo assumir diferentes interpretações, que estão atreladas as circunstancias e percepções, tornando o consenso uma meta difícil de ser atingida. Sendo assim, os atores do marketing estão sujeitos ao que se pode denominar de zona de amoralidade, onde os termômetros passam a ser o mercado e a sociedade, que nesse caso irão julgar suas praticas. Uma discussão recorrente nos meios acadêmicos e práticos de Administração, há quatro décadas, é em que consiste a ética nos negócios, aceitando os limites do certo e do errado e o que seria aceitável e inaceitável neste meio. Isto resultou na criação de instituições que visam a estimular práticas mais éticas e socialmente responsáveis na iniciativa privada. O Marketing é o cerne destas atividades empresariais, pois se relaciona diretamente com o mercado consumidor e empresarial, sendo alvo constante de debates e questionamentos de cunho ético e moral. São oriundos destes processos, códigos de éticas tais como o da Associação Americana de Marketing