Ética no ensino: o papel do professor
1) Leia com cuidado o texto (10). Embora o texto traga muitas informações quantitativas, aponta para questões que vimos desenvolvendo ao longo da disciplina, ilustrando um pouco melhor o cenário em que trabalhamos. Discuta com seus colegas no Fórum de Debates:
a) Explique os argumentos dos autores com relação ao caráter disciplinar/transdisciplinar da inserção filosofia no currículo escolar. Quais os pontos favoráveis? Quais os desfavoráveis de cada abordagem?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/96),1 determina que, ao final do ensino médio, todo estudante deverá “dominar os conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários ao exercício da cidadania”. Este foi um avanço significativo para a presença da filosofia nesse nível de ensino. Alguns argumentos mais utilizados para defender o ensino transversal da filosofia, em oposição a um ensino disciplinar, três são recorrentes. O primeiro diz respeito à precariedade da formação de professores de filosofia para o ensino médio em âmbito nacional. Permanece, entretanto, a controvérsia em torno da pertinência da adoção do ensino disciplinar. Quem a defende considera que a medida pode ser indutora de processos de melhoria da formação docente; quem a critica, enfatiza a suposta irresponsabilidade que significaria, de imediato, colocar em sala de aula um grande número de professores aparentemente despreparados para a função. Outro argumento, fortemente vinculado ao primeiro, diz respeito aos problemas que a obrigatoriedade da disciplina em nível nacional poderia trazer aos estados e seus sistemas de ensino, em especial em termos de investimentos. Por fim, há os que se posicionam contrariamente à inserção da disciplina por criticarem o modelo disciplinar de escola. Estes defendem que a inserção de mais uma disciplina escolar é uma medida infeliz, particularmente no caso da filosofia. A partir desse ponto de vista, se a filosofia deve ser um