Ética nas relações de trabalho
Carlos Eduardo Laranja
Professor: Rafael Cola Lopes
Faculdade Anônima de Intercâmbio
Administração -Filosofia
11/11/11
RESUMO
As questões econômico-sociais, invariavelmente impostas pela globalização e pelo neoliberalismo fazem com que os cidadãos estejam mais preocupados em “manter seu espaço”, seus bens materiais, defendendo, com unhas e dentes, suas idiossincrasias. Não é incomum, na defesa dos próprios interesses, o desprezo pelo ético. O grande complicador nessa história é o comportamento individualista, por vezes direcionado por desejo a satisfação egocêntrica, que advém da sociedade como um todo, podendo levar à grave distorção do convívio no ambiente de trabalho, propiciando o surgimento de termologias contemporâneas antônimas a ética. O assédio moral, como exemplo, transparece bem a fragilidade do contexto dentro das empresas e mais gravemente daqueles que as representam através de cargos elevados. A falta de ética nas relações de trabalho não é um fenômeno novo, pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho ou as próprias definições da ética. A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho. A reflexão e o debate sobre o tema são recentes, mas remete aos antigos pensadores.
Palavras-chave: Globalização; Ética; Assédio moral.
1 INTRODUÇÃO
Para que possamos relacionar a reflexão ética nas relações de trabalho faz-se necessário entender a origem da ética, seu significado, sua relação com o ser humano como indivíduo e socialmente, estendendo-se até as profissões.
Ao longo da história da humanidade, a ética foi entendida como parte integrante do pensamento filosófico, que, por sua vez, ficou conhecido como filosofia moral. Os filósofos, cada um em sua época, procuraram estabelecer princípios e pressupostos de compreensão da ética