Ética nas pesquisas com animais
A Ética consiste em uma ciência que usa aspectos culturais, morais e críticos sobre as determinações e atividades de uma determinada sociedade em certo momento. Desde o nascimento de tal ciência, o homem, até os dias hoje, busca aclarar sua relação com a natureza, fato que inclui os animais.
A história de interação entre homens e animais existe desde o surgimento das civilizações com a predominância do ser humano no topo da cadeia alimentar.
Prefacialmente, os animais eram usados como meios de auxílio de exploração para as atividades econômicas e de subsistência, por exemplo, veículo que dependiam de tração, transporte de alimentos, metais preciosos e outros. A prática que levava ao experimento com animais não era trivial.
Com o surgimento da modernização e o avanço tecnológico, os animais passaram a ser alicerces para os avanços científicos em escala mundial, posto que nas áreas de farmacologia, nutrição, saúde, sua utilização é rotineira.
Nos primórdios do século XVII, o físico inglês Isaac Newton remeteu que o universo seria um corpo que funcionaria como um relógio. Partindo dessa premissa, René Descartes (1596-1650) (2002, p. 50) adaptou esse mecanicismo para a medicina, vez que os concebia como máquinas sem alma.
Foi com o racionalismo de René Descartes que o uso de animais para fins experimentais tornou-se método padrão na medicina.
Posteriormente, a relação entre ser humano e animal se intensificou no caráter doméstico-afetivo. De acordo com este ponto, surge a filosofia de Voltaire (1694-1778) rompendo com os paradigmas criados pelos racionalistas adeptos do pensamento de Descartes, vez que acreditava que os animais eram seres conscientes.
Assim, tendo em vista as vertentes supra, é que surgem as indagações sobre o uso de animais, para fins de pesquisa, embasadas na Ética, fato que acarretou no surgimento de uma disciplina especializada para o assunto chamada de Bioética.
O ser humano, atualmente, conduz a