Ética na experimentação animal
O homem ao largo da história tem considerado os animais com base na presença de uma alma racional (San Augustín), do domínio que sobre eles lhe ortogou Deus (Sto. Tomás), da capacidade de autoconsciência (E. Kant), entre outros. O primeiro filósofo moderno que mediante a observação dos animais defendeu que não eram como máquinas foi o inglês John Locke (1632-1704), fundador do empirismo. Seu pensamento o levou a afirmar que causar dor e morte era moralmente errado.
1.1 Histórico Durante os séculos XVII e XVIII surge na Europa uma forte tradição de experimentar animais, baseado na idéia de que eles não tivessem a capacidade de sentir dor. Esta noção trazida desde a antigüidade havia sido favorecida pelas opiniões do filósofo francês René Descartes (1590-1650), em suas idéias sobre o mecanicismo. A filosofia cartesiana é rigidamente determinista, opina que tanto a matéria inerte como os organismos vivos obedecem às leis da fisica, considerando os animais como máquinas autômatas cujo comportamento simplesmente parece dirigido a alcançar certos objetivos, porém na realidade é puramente mecânico; desta maneira não tinha objeções em usar os animais nos experimentos, já que negava que pudessem sentir dor, pois para eles eram só máquinas complexas. De acordo com este pensamento o lamento dos animais não eram mais que o "tictac" de um relógio.
Nem todos estavam de acordo em excluir os animais do universo de criaturas que sofrem, Jeremias Bentham (1748-1832) filósofo inglês, fundador da corrente utilitarista afirma o contrário em seu livro Introduction to the principles of Morals and Legislation (1789).
Os utilitaristas, juntamente com Bentham formalizaram esta preocupação fazendo da dor e do prazer os principais critérios de moralidade. As idéias e palavras deste filósofo sobre a maldade e a dor cativaram a imaginação do povo da época e continuam influenciando até hoje os filósofos que se oponhem aos pontos de vista cartesianos.
As correntes