Ética Hacker
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Ética Hacker Resumo. O que é conhecido como “cultura hacker” deu origem a diversas iniciativas, do ativismo a novos paradigmas para desenvolvimento de software, e com a crescente demanda a uma
Ética Hacker, a partir de polêmicas sobre que tipo de transgressão é aceitável à comunidade.
1. Introdução
Compartilhamento significa partilhar, tomar parte em algo. Seu significado vem do latim, da junção de “com”, junto, com “partícula”, pequena parte [1]. É talvez tão antiga quanto a própria humanidade a ideia de que é melhor partir algo que têlo todo pra si, inda que seja uma dificuldade ou mesmo um bem, um trabalho, ou um prêmio. Os escritos de
Platão e Aristóteles, e o cristianismo primitivo, discutem a tensão entre koinõnia e pleonexi, ou seja, comunhão, uma partilha comunitária, e avareza (do grego avarati), uma ambição individual [2] [3]. São valores postos como opostos e vistos sob diferentes prismas, adquirindo valores positivos ou negativos ao longo da história. Ao atribuir valor, algumas questões podem ser rapidamente levantadas, como: até que ponto é positivo compartilhar? O que deve ser compartilhado e o que deve ser privado? Ou então, qual o limite para o “buscar o que é meu”, conquistando e reivindicando propriedades?
Uma das aplicações mais interessantes dessa tensão é a ética da informação.
Enquanto hoje se discute o governo digital, e muitas constituições trazem o princípio da soberania popular, o que exige que haja mecanismos de controle e transparência do estado para garantir a real representatividade; ao mesmo tempo não é difícil identificar casos de segredos governamentais desconcertantes e impopulares. É considerado positivo que haja um compartilhamento de informação entre um povo, uma