ética empresarial
Galbraith. Um liberal dos EUA está muito próximo de um social democrata europeu. E é nas propostas de go. lução que Galbraith deixa claro que seu livro é um amargo e entristecido momento de reflexão sobre um país com o qual não está definitivamente contente e satisfeito, e também uma crítica ao conservadorismo republicano da era Reagan-Bush, e um texto de militante do
Partido Democrata.
Evidentemente, suas sugestões não surpreendem pela novidade. São tradicionais e conhecidas terapias liberais ou social democratas. Clama-se pela revisão do papel do
Estado, em sentido oposto ao "estado mínimo" dos anos
Reagan-Bush. O Estado é chamado de volta para equacionar os problemas da sociedade do contentamento e para eliminação da subclasse. O revigoramento do Estado passa pela reforma físcal, como forma de eliminação do déficit público, e também pelo aumento de atividade e produtividade do Estado. O equihôrio das contas públicas não se obteria apenas com corte nas despesas, que inevitavelmente aumentarão para que o Estado possa voltar a cumprir diversos objetivos. O que se propõe é aumento de impostos, q~e recairão necessariamente sobre os satisfeitos, e dentre estes preferivelmente sobre os satisfeitíssimos que auferem rendas mais elevadas. Com a reforma fiscal e um Estado reaparelhado propõe-se a recuperação da capacidade de investir, especialmente na deteriorada infra-estrutura do país. Estima-se que apenas de reparo em rodovias federais seriam necessários
320 bilhões de dólares. Além disso, seria através do renascimento do Welfare State (estado de bem-estar social) que se cuidaria da underclass, e especialmente