ÉTICA EM SAÚDE
Ética é um ramo da Filosofia prática que tem como propósito refletir sobre o agir humana e suas finalidades, o estudo dos conflitos entre aquilo que podemos considerar como normalmente justificável e aquilo que não pode ser considerado. A abordagem dos problemas de saúde implica em intervenções de fatores sociais e políticos, comportamento humano, institucional, tradições e tecnologias, é no dia a dia da prática em saúde que exercemos nossa moralidade e nos deparamos com a finalidade e o sentido da vida humana, obrigações e deveres, e nos posicionamos acerca do bem e do mal. É nessa prática que, cotidianamente, nos é imposto decidir como devemos viver nossa vida, em relação aos outros e como devemos ser enquanto profissional de saúde. A ética tenta compreender sistematicamente a natureza da moralidade e o que ela exige de nós. A moralidade é uma questão de consultar à razão, portanto, não é tão simples compreender o que significa viver moralmente. No entanto, é bom lembrar que conflitos entre exigências morais e interesses pessoais não são morais e, sim, conflitos práticos julgamentos morais são diferentes de preferencias pessoais.
A crescente preocupação com os conflitos morais vinculados a prática e a pesquisa na área da saúde tem seu marco fundamental no Julgamento de Nuremberg – agosto de 1945 a outubro de 1946 – no qual foram condenados junto com oficiais nazistas, médicos que tinham desrespeitado cruelmente os direitos humanos de prisioneiros nos campos de concentração nazistas. A partir do julgamento das atrocidades cometidas durante a II Guerra, muitas delas em nome da pesquisa científica, foram promulgadas o Código de Nuremberg em 20 de agosto de1947. Foi o primeiro documento a apresentar o consentimento informado como expressão da autonomia das pessoas e a considerá-lo como “absolutamente essencial”. Em 1971 foi utilizado pela primeira vez, o termo bioética, onde foi proposto uma democratização contínua do