Ética do estudante de direito
Mas o que se observa, muitas vezes, é um desconhecimento por parte de alguns alunos ingressantes. Fala-se em perspectivas de vida, questões salariais e discursos pautados na importância de ser bem sucedido na carreira jurídica, ou ainda sobre a necessidade de desenvolver um trabalho com dinamicidade e competência. Preocupa-se mais com o dever-fazer, em vez do dever-ser.
A ética, conforme conhecemos, traz a ideia de um comportamento moldado por padrões e valores culturais. Por outro lado, ela precisa ser pautada no estudo científico da moral, descoberta individual, apreendida pelo sujeito por meio da cultura, mas diretamente relacionada ao desenvolvimento e à preocupação com uma conduta individual.
Segundo Nalini (2001, p.207), “preocupar-se com a conduta ética não é privativo dos idosos ou dos formados”. Desde criança recebemos noções de como nos portar diante da nossa comunidade, mas é a nossa individualidade que promove a descoberta e o aprendizado da conduta ética. Conceitos como verdade, lealdade, companheirismo, fraternidade e solidariedade, apesar de subjetivos, materializam-se em nossas percepções individuais da sociedade, de modo que tomamos como exemplo as lições e os modelos de convivência do grupo ao qual pertencemos.
Ética e moral são, sobretudo, valores. Há quem diga que a moral pertença ao indivíduo, e a ética, à sociedade. A confusão está no fato de derivarem de mesma origem etimológica. A palavra “ética” deriva do grego ethos (costume, modo de ser), a palavra “moral”, do latim mores (relativo aos costumes), tradução romana da palavra grega ethos. Ambas são tidas como formas de conduta que