ÉTICA, DIREITO E JUSTIÇA: SÓCRATES E PLATÃO CONTRA OS SOFISTAS.
No começo a filosofia tinha por foco a natureza e as relações entre os homens, mas com o aparecimento dos sofistas, houve uma ruptura e o homem foi colocado no centro das discussões filosóficas.
Com a política estabilizada na Grécia, não tinha mais tanta necessidade de cultivar as virtudes dos guerreiros e foi nessa época que floresceu as artes, a mitologia, a filosofia, a literatura, a história e a política. Com esse desenvolvimento houve uma expansão das fronteiras gregas, intensificação do comércio, e a utilização do "falar bem" para assemblar, e como os sofistas eram homens dotados de domínio da palavra, e que ensinam a seus auditórios a arte da retórica, ganharam espaço nesse tempo, portanto os primeiros a exercer a democracia. Além disso, ainda ensinavam as pessoas a praticar a persuasão e lhes mostrava a importância desta no meio jurídico e na definição do justo e do injusto. Tinham como conceito de justiça que justo é o que está na lei, o que foi dito pelo legislador, mas em constantes modificações “O que é justo hoje, poderá não ser amanhã”. Por isso os sofistas são opositores radicais da tradição surgindo assim o possível, o instável e o convencional e acreditavam também que a lei é definida por critérios humanos e não naturais, pois se fossem naturais todas as leis seriam iguais.
Em oposição, Sócrates que criticava os sofistas por cobrarem pelo ensino da arte da persuasão e os comparavam com os mercadores, pois ele não cobrava nada por repassar os seus conhecimentos e considerava que “o erro é fruto da ignorância, e toda virtude é conhecimento”. A ele também pode ser atribuída à origem da ética que para o mesmo reside no conhecimento e na felicidade. Os sofistas foram os primeiros a estabelecer uma diferença entre natureza e lei humana (uma se opõem a outra).
Já Sócrates via na prudência uma virtude essencial para a ordem social, visando uma educação cidadã. Ficou ainda mais