Ètica

"Um médico e sua esposa estão na fila de espera para dotar um bebê há muito tempo. Numa noite, o médico realiza um parto difícil e a mãe morre, porém, na sala, há apenas ele. A família da mãe é extremamente pobre e não tem condições de criar o bebê. Sem ter a alternativa de falar com a família para a adoção da criança, o médico tem pouco tempo para decidir se entrega a criança, mesmo sabendo que essa viverá em condições precárias e pode até morrer, ou burlar as leis e criar a criança no conforto de sua casa."

Dedicaria minha vida a ética, mas devo dizer, as vezes a ética é uma merda. Pela ética e a moral, o médico deveria entregar o bebê a família e seguir com sua vida, sem ao menos se importar se a criança morrerá ou não de fome ou pelas condições precárias, e sentir-se orgulhoso por respeitar as leis e seu trabalho. Mas devo persistir em uma questão, para que serve as leis? Boa conduta social? Boa aparência do país? Se esses forem os motivos, darei toda a razão a ética, porém, se as leis foram feitas para o bem-estar e para garantir uma vida melhor a população, rasgarei do meu dicionário essas duas palavrinhas que estão incomodando. Muitas famílias de baixa renda conseguem sobreviver e mandar seus filhos á escola, mas a maioria acaba tendo-os envolvidos em drogas e crimes, levando-os assim a apenas dois caminhos, cadeia ou morte. Alguns podem dizer que minha visão é pessimista, pois bem, lhes digo, não é, sou apenas realista. Como descreve a questão, a família da mãe é extremamente pobre e a mãe morreu, em momento algum há manifestação de um possível pai, levando-me a entender que a mãe era solteira e deixou o filho(a) para a família criar. Não tiro o infeliz possível destino dessa criança se envolver o mesmo com o crime e drogas sendo criado por uma boa família, contudo, as chances são bem mais reduzidas. Sendo assim, finalizo deixando minha humilde opinião de que, antes uma vida digna rasgando a ética e a moral do que uma vida onde há chances de acabar