Ètica
O Buscapé foi criado por quatro universitários em 1999. Três deles - Romero Rodrigues, Rodrigo Borges e Ronaldo Takahashi - estudavam engenharia na Escola Politécnica da USP e o outro - Mario Letelier - administração na Fundação Getúlio Vargas. "Nossos nomes começam com Ro porque estudávamos na mesma classe e a Poli dividia as turmas em ordem alfabética", explica Rodrigues, 31 anos, presidente da empresa.
Os primeiros investidores do Buscapé foram a Merrill Lynch, o Unibanco e a Brazil Warrant, holding da família Moreira Salles. Em 2005, esses investidores venderam suas participações para o fundo Great Hill.
Romero conta que o momento mais difícil da empresa foi em 2001, depois do estouro da bolha da Internet. "Estávamos cumprindo o plano de negócios, que previa que alcançaríamos o ponto de equilíbrio em 2002, mas os investidores nos fizeram antecipar em um ano."
Outro momento difícil foi no início da empresa. Eles começaram com 35 grandes varejistas listados. "Tínhamos acabado de comprar um celular, que naquela época era uma coisa cara, e me ligaram." O diretor de uma rede varejista não gostou de ter seus preços comparados com os de outras lojas e ameaçou processar o Buscapé. "Argumentamos que o que estávamos fazendo era legal e não tiramos os preços dele do ar", lembra. "Depois disso, esse diretor não atendeu mais as nossas ligações." Dois anos depois, o Buscapé começou a cobrar das empresas que entram no site. "Eu tentava ligar para esse diretor e ele continuava a não atender. Aí resolvemos tirar os preços deles do site. Recebi uma ligação e era ele, ameaçando nos processar se não colocássemos os preços de