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782 palavras 4 páginas
Analise dos motivos para as atuais manifestações de jovens pelo País
O momento inflacionário grave que o Brasil vive é maquiado com gráficos e explicações superficiais dadas por um ministro da economia escorregadio que tem um nome propício para o cargo. Já não é de hoje que a população estranha o atual “esplendor desenvolvimentista”divulgado pelos meios de comunicação. Se antigamente, os jovens tinham que optar entre comer no restaurante ou na lanchonete; pegar táxi ou ônibus; era uma opção relacionada ao preço. Hoje optam em pegar ônibus ou lanchar. Andam a pé ou ficam com fome. Não há primeiro emprego: há escravidão! Agora, com a Copa do Mundo, estão elitizando os estádios de futebol. Moradia própria é para os ricos. Em que País viverão os que estão começando a vida profissional e que nem sempre possuem incentivo dos pais ou da família? Chico Buarque em uma de suas canções traçou as possibilidades daqueles que viviam a aurora de suas vidas em plena era ditatorial: “não sou ladrão, eu não sou bom de bola, nem posso ouvir clarim”. A realidade não mudou. A falta de interesse das empresas pelo jovem é evidente: preferem padecer com a falta de funcionários do que treinar novos talentos. Por sua vez, jovens não costumam ser muito fieis a seus empregos: aprendem um ofício em determinada empresa para, logo em seguida, leiloar o seu talento entre as empresas concorrentes. E são poucos os interessados a começar por baixo. São ansiosos, querem reconhecimento e bons salários sem, contudo, desenvolver seus potenciais. O tecnicismo nas universidades é um dos estopins incendiários dos jovens que idealizam o futuro profissional, mas não vivenciam o dia-a-dia acadêmico e não possuem gosto pelo saber: entram e saem das universidades sem interesse no aprendizado, apenas com foco na formação que lhes dará um diploma, um pedaço de papel que o permitirá dar cabeçadas no mercado. E qual é a recompensa? Os jovens encontram cada vez mais dificuldade de deixar a casa dos pais;

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