Âncora das Emoções
Maria Izilda Santos de Matos,Âncora das Emoções. Corpos, subjetividades e sensibilidades,Bauru/SP:Edusc,2005. 182 pág.
Maria Izilda Santos Matos é professora titular do programa de pós-graduação em história da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e da Universidade Prebisteriana Mackenzie, Doutora em História pela USP com pós doutorado pela Université Lumiere Lyon 2,Lyon-França e pesquisadora 1 do CNPQ. A ideia de “outras histórias” está ligada na forma de abordagem que a autora propõe nesse livro. De como culturalmente foram formado em torno da noção que temos do corpo, da nossa subjetividade e sensibilidade da mulher. A forma como o corpo deve ser usado está expresso nos discursos médicos, nas revistas,na música.
A música é um excelente meio para estudar a mentalidade de nossa sociedade. Quando tratamos de do funk ostentação, do novo estilo de rap, de algumas músicas sertanejas como “Camaro Amarelo” elas tentam expressar justamente o novo potencial de compra que a população brasileira possui e as melhorias que houveram em nossas condições de vida que fazem do rap não ser somente um instrumento de crítica social, mas também um meio para falar de amor. Que faz do funk ser um meio para expressar o potencial de compra da nova classe C que não quer se limitar ao uso de marcas populares, mas que quer demonstrar seu novo estilo de vida através de grifes. No livro Âncora das Emoções a autora trabalha com artistas como Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues e Vicente Celestino e usa da forma como são expressas suas emoções como um objeto de estudo das emoções e subjetividades da época.
Segundo a abordagem do livro os discursos médicos antibacterianos do início do século XX supervalorizavam o papel da mulher no combate a doenças. São essas mulheres, donas-de-casa que deveriam se preocupar com a higiene domiciliar e principalmente com a higiene das crianças. Os médicos viam na mulher um ser fundamental para a saúde a proteção da família contra