árabes x israelenses
Os conflitos que hoje assolam o Oriente Médio têm diferentes motivos. O principal deles diz respeito ao território: israelenses e palestinos lutam para assegurar terras sobre as quais, segundo eles, têm direito milenares. Outra questão diz respeito à cultura e à imposição de valores ocidentais às milenares tradições orientais. Pode-se ainda mencionar o fator econômico - talvez o preponderante: potências capitalistas desejam estabelecer um ponto estratégico na mais rica região petrolífera do planeta. E ainda existe a questão política.
A Primeira Guerra Árabe-Israelense ocorreu entre maio de 1948 e janeiro de 1949, opondo, de um lado, o recém-criado Estado de Israel e, de outro, alguns países da Liga Árabe, dentre eles Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria e Arábia Saudita. A declaração de guerra por parte dos árabes aconteceu como resposta à decisão da ONU em criar o Estado de Israel, em 1948.
Porém, as disputas entre israelenses e árabes, principalmente os palestinos, já estavam ocorrendo há tempos. Eles eram resultado do sionismo, um movimento político surgido no século XIX e capitaneado principalmente por Theodor Herzl, um jornalista austríaco que defendia a criação de uma nação judaica em um território unificado. Eles conseguiram o apoio britânico, que ofereceu cerca de 15.000 km² de terras para assentamentos judaicos em Uganda, na África, oferta recusada pelos sionistas.
Com o passar das décadas, grupos de judeus instalaram-se na Palestina, principalmente depois da Primeira Guerra Mundial, quando o Império Turco-Otomano foi dissolvido e a Inglaterra ficou responsável pelo controle da Palestina. Um Ministro das Relações Exteriores britânico, lorde Arthur Balfour, apoiou a fundação de um Estado judeu na Palestina, resultando no aumento da migração para a região. O mesmo lorde havia prometido a independência aos árabes. Os judeus formaram núcleos agrícolas, principalmente nas melhores terras para o cultivo. Aos poucos, as hostilidades