Álvaro de Campos

Álvaro de Campos

 Sensacionalismo diferente do de Caeiro
Caeiro é real e objectivo. Vê as coisas como são.
Campos vê as coisas como são sentidas. (Pensamento, sentir)

 Futurista, modernista
Acompanha a sociedade industrializada (tal como Pessoa).

 É um heterónimo de extremos.

As Fases:
1ª Fase (decadentista): Campos revela-se mergulhado num profundo tédio e desencanto da vida (fusão de elementos do real com o psíquico).

2ª Fase (futurista): As Odes Triunfal e Marítima têm influências de Wal Whitman. Canta a energia, vitalidade, velocidade. Está patente na Ode Triunfal o elogio da força, da civilização industrializada. Campos mostra que quer sentir de todas as maneiras.
A concepção de arte encontra-se na ideia de força, sendo não aristotélica.

3ª Fase (intimista): Diversas temáticas – saudade, nostalgia da infância – abatimento psíquico, profundo vazio. (perspectiva de Pessoa)
Introspecção e intelectualização.

Futurismo
- Rapidez das comunicações
- Ruptura com o passado
- Valoriza a velocidade, modernidade
- Marinetti e Walt Whitman
- Anti-burguês
- Elogio da sociedade industrializada
- Perspectiva provocatória

Ode Triunfal
- Expressão de emoção excessiva
- Orgulho em ser moderno
- Vanguarda, elogio do progresso
- Ligação passado-presente-futuro
- Exaltação da capacidade humana
- Dicotomia real-exterior e emocional-interior. Sentir fisicamente para aliviar a dor interior Sensações visuais, auditivas, gustativas e tácteis

Ode Marítima
Forte apelo às coisas marítimas, navais. Representam o estado de espírito do sujeito poético. Reporta-se às coisas navais como metáfora da sua vida interior. A sua interioridade constrói-se fora de si mesmo. O plano dos sentimentos é de destaque. Procura sentir todas as sensações para atingir o absoluto.

E vós, ó coisas navais, meus velhos brinquedos de sonho! Apóstrofe
Componde fora de mim a minha vida interior!
Quilhas, mastros e velas, rodas do leme,