Água de Chuva

3 - INTRODUÇÃO A poluição atmosférica tem se tornado um fator de risco extremamente importante para a saúde humana, especialmente nos centros urbanos industrializados. A partir de meados do século XX, medidas passaram a ser adotadas, em diferentes países, para controlar as emissões de poluentes atmosféricos, objetivando, a princípio, a redução de episódios com excessiva concentração de poluentes [Jasinski, 2011]. O conhecimento da qualidade do ar de uma região é de suma importância, assim como os impactos decorrentes de sua deterioração, de forma a evitar danos ao meio ambiente e permitir o gerenciamento das fontes poluidoras. No estado de São Paulo, a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) monitora continuamente a qualidade do ar por meio de 29 estações, situadas na Grande São Paulo e no interior (Cetesb, 2006). Como em qualquer análise laboratorial, a coleta adequada das amostras é de fundamental importância para garantir representatividade, consequentemente, resultados confiáveis [ELSHOLZ et al., 2005].
É importante salientar que, devido às constantes alterações ambientais, não existem amostras iguais; dessa forma, o planejamento da coleta deve ser criterioso para fornecer quantidade de amostras suficiente para a realização de todos os testes requeridos [ELSHOLZ e RODRIGUES, 2004]
Sulfato:
O íon sulfato (〖SO〗_4^(2-)) pode ser derivado do monóxido de enxofre, dióxido de enxofre e trióxido de enxofre que são responsáveis pela chuva ácida, sendo a combustão de óleos fósseis a principal fonte de dióxido de enxofre [Sureda, 2009].
Os íons SO2 e NOx na atmosfera oxidam-se a sulfato (〖SO〗_4^(2-)) e nitrato (〖NO〗^(3-)); a remoção de nitrato e sulfato pela água de chuva pode resultar na chuva ácida, devido à formação dos ácidos sulfúrico e nítrico. A chuva ácida causa efeitos indesejáveis, como degradação de rios e lagos e danos à vegetação e em materiais e estruturas utilizados em construções. Em cidades históricas, destaca-se ainda o