Água: captação, uso e reuso
Noeci Ana Rorato (**)
RESUMO
O aumento contínuo da população mundial traz por consequência à crescente escassez de águas naturais, o uso inadequado dos efluentes líquidos, a má distribuição da água e a falta de cuidados com a mesma. Portante, é urgente implementar o uso racional da água e a preservação dos mananciais, buscando mecanismos tais como: políticas efetivas dos recursos hídricos e seu manejo correto, adotando o uso apropiado da água, tratamento de águas residuais domésticas e industriais e, principalmente, práticas de reuso. O reuso da água pode ser classificado de diversas formas, tais como: direto ou indireto, planejado ou não planejado, potável ou não potável. O reuso indireto acontece quando as águas residuais voltam a um ambiente aquático que serve como manaciais para novos usos. O reuso direto (nossa proposta) consiste na captação de efluentes, sem tratamento imediato e, depois, se reutiza no mesmo sistema de produção onde é captado (para uso potável ou não). Este pode incluir o abastecimento em uma indústria, na irrigação de plantações ou no recarregamento de manaciais subterrâneos. Esse sistema pode satisfacer importantes requisitos como: ser financeiramente vantajoso e ambientalmente apropriado. O artigo a seguir resume um caso real de reuso e captação de água pluvial para lavagem dos ônibus da referida empresa, que se mostrou adequado aos aspectos acima citados. Portanto, contém a experiência de uma firma de transporte público urbano na cidade de Santa Maria, Rio Grando do Sul/Brasil.
Palavras Chave: Economia de água, Lavagem de ônibus, Reuso de água residual e de água pluvial, Reuso directo não potável.
INTRODUÇÃO
O lançamento e a autodepuração natural de efluentes em corpos hídricos seguida de captação a jusante são o mais antigo modo de reuso de água, classificado como “reuso indireto”. Portanto, indústrias e empresas praticam reuso