Ágora

O filme relata a história de Hipátia, filósofa e professora em Alexandria. O palco da trama se passa em Alexandria, no Egito, final do século IV D.C. que está sob o poder do Império Romano, violentos confrontos sociais e religiosos invadem as ruas de Alexandria.

Muitos ainda estavam cultuando a religião politeísta pagã, e mesmo com o surgimento e crescimento do cristianismo eles se mantinham resistente, assim, era quase inevitáveis confrontos violentos. Que em uma delas houve a invasão e destruição da Grande Biblioteca, a maior detentora de documentos da sabedoria do Antigo Mundo.

Diante dos constantes confrontos, os cristãos ganharam mais força, e assim, os que ainda eram pagãos se convertiam, não por aceitar a nova ideologia, mas por manter a própria vida ou por se manter na sua casta na sociedade. No setor político, o cristianismo,passou de religião intolerada para religião intolerante, as autoridades cristãs tem um forte poder, e manipulavam os governantes, para a conquista dos seus ideais.

Em meio a todo esse bombardeio de acontecimentos, mostra a vida de Hipátia, e alguns de seus discípulos, principalmente Orestes ( Pagão) e Sinésio (Cristão). Ao passar do tempo com o crescimento da comunidade cristã, Orestes, que antes defendia os ideais da religião pagã se converte ao cristianismo e se torna prefeito da província, assim, manipulado pelos líderes religiosos, mostra claramente que quem governa realmente não é o prefeito e sim o líder cristão Cirilo. Este por sua vez encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria.

Além de narrar a vida e a morte de Hipátia, pode-se observar de forma nítida o conflito entre cristãos e pagãos. De um lado temos o cristianismo, ganhando força de atuação junto ao judaísmo; do outro temos a religião politeísta