África o berço da humanidade
O processo da hominização
Há apenas quatro milhões de anos, da evolução de um ramo dos símios surge, finalmente, o primeiro hominídeo, que se designa por "__pithecus" (macaco). Esta distinção terá sido resultante da adaptação a um novo habitat, criado pela transformação da floresta equatorial em savana. Neste novo meio ambiente, os hominídeos passaram a viver no solo, a caminharem sem esforço - locomoção bípede -, sendo obrigados a elevar-se para alcançarem as folhas das árvores, base da sua alimentação.
Tudo isto contribuiu para o desenvolvimento da posição vertical. Esta posição permitiu importantes modificações físicas:
- A mão libertou-se da função locomotora, passando a ser utilizada para carregar alimentos ou no fabrico de instrumentos; a oponibilidade do dedo polegar aumentou a força e a precisão na preensão (acto de agarrar);
- No pé, o dedo grande tornou-se firme e fixo, transformação essencial à locomoção;
- Com a posição vertical e libertação da mão, o volume do cérebro aumentou, produzindo-se modificações profundas no crânio e na face: os dentes diminuíram de tamanho e a mandíbula (maxilar inferior) tornou-se gradualmente menos proeminente, a par do desenvolvimento das capacidades intelectual. A este lento, longo e complexo processo de evolução física e intelectual dos hominídeos chama-se "hominização".
A fabricação dos instrumentos
Os primeiros instrumentos fabricados pelo Homo habilis eram seixos quebrados (talhados numa só face) com arestas cortantes. O Homo erectus fabricou bifaces, seixos talhados nas duas faces, com 12 a 15 cm de altura, reveladores de uma técnica de fabrico apurada. Mais tarde, com lascas resultantes desta técnica, o Homo sapiens sapiens criou novos instrumentos: raspadores, lâminas, buris, pontas de lança, azagaias, flechas e dardos.
O material utilizado foi a pedra, sobretudo o sílex. Por isso, este período da História da Humanidade, em que os instrumentos fabricados são de