África e o islão

A Ascensão do Islão e o Império Árabe no Norte de África O Islão, tanto a civilização como a religião, foi à primeira influência externa exercida sobre o curso da história africana. Há cerca de quatro séculos de conquistas árabes no norte de África, o Islão propagou-se então através do Sara, tornando-se a crença dominante em toda a África a norte e fazendo notáveis progressões mais a sul, até ao litoral da Nigéria atual, Uganda e nordeste do Zaire, e ao longo da costa oriental até Moçambique. O período colonial teve o cuidado de fortalecer e mesmo expandir a influência do Islão e da sua cultura, hoje o islamismo é de longe a mais importante das religiões universais do continente africano. O cristianismo experimentou um grande avanço com a penetração auropeia nos séculos XIX e XX, mas sempre como minoria, apenas pode reclamar a adesão de um terço da população em cinco países, a República da África do Sul, a Zâmbia, o Maláui, o Zaire e o Uganda.
No mundo moderno o conceito de civilização desenvolvida na Europa ocidental propaga-se de forma mais aceitável do que o de civilização islâmica. Antes de considerar o impacto do Islão em África, é importante começarmos pela história dos principais difusores, os Árabes. A raiz árabe tanto significa deserto como os pastores nômades (que ou quem muda de local de fixação para procurar pastagens novas) os Beduínos (pessoa do deserto), e a Arábia é essencialmente um deserto, com excepção do Iêmen. Nenhuma região da península arábica recebe mais do que 250 mm de chuva por ano, não há rio permanente. O homem está constantemente na luta pela sobrevivência, consequência disso, os árabes desenvolveram um forte espírito comunitário, com base nas nações de parentesco. Agrupavam-se em tribos, considerando-se cada uma delas como os filhos (banu) do antepassado do fundador da tribo, e cada um eram governados pelo chefe eleito (Sayyid ou Shaykh). Alá uma divindade suprema, mas por ordem