África e a escravidão
Licenciatura em História
Disciplina: História da África
Aluno: Jucimar Leal da Conceição
Professor: Raphael Vieira
Resenha
COSTA E SILVA, Alberto. A manilha e o limbambo – a África e a escravidão de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Fundação Biblioteca Nacional, 2002.
TAVARES, Talita Batista Amaral de Souza, Mestre em Sociologia e professora da UCAM e ISEPAM, Escravidão Interna na África Antes do Tráfico Negreiro.
Alberto Costa e Silva enfatiza que os europeus ao desembarcaram na África se deram conta de que estavam diante de modos de vida bem diferentes dos seus. A partir desse pressuposto o autor deixa claro que a organização social e econômica dos africanos girava em torno de vínculos de parentesco em famílias extensas, da coabitação de vários povos num mesmo território, da exploração tributária de um povo por outro. Mesmo porque o continente africano caracterizava-se pela desproporção entre o enorme território e o pequeno contingente populacional. Entretanto, a expansão de reinos, a migração de grupos, o trânsito de caravanas de mercadores, a disputa pelo acesso aos rios, o controle sobre estradas ou rotas podiam implicar em guerra e subjugação de um povo a outro. Era a chamada escravidão doméstica, que consistia em aprisionar alguém para utilizar sua força de trabalho, em geral, na agricultura de pequena escala, familiar. Se a terra era abundante, mas rareava mão-de-obra, esse tipo de escravidão servia para aumentar o número de pessoas a serem empregadas no sustento de uma família ou grupo. Nesse sentido, podemos afirmar que a escravidão, nas sociedades africanas, estava fundamentalmente ligada à categoria de trabalho.
É relevante salientar a ocupação árabe entre o fim do século VII e na metade do século VIII na África, a partir desse momento a escravidão doméstica, de pequena escala, passou a conviver com o comércio mais intenso de escravos. Pois os árabes organizaram e