Ácidos nucleicos
❑ A descoberta do DNA ocorreu em 1865 e foi feita pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher1 (1844 – 1895). ❑ Miescher buscava determinar os componentes químicos do núcleo celular e usava os glóbulos brancos contidos no pus e em espermatozóides para suas pesquisas. ❑ Os glóbulos brancos eram um bom material pois são células que apresentam núcleos grandes e fáceis de serem isolados do citoplasma. Além disso, o pus era muito fácil de se conseguir na época em ataduras usadas em ferimentos. ❑ Analisando os núcleos, Miescher descobriu a presença de um composto de natureza ácida que era desconhecido até o momento. Esse composto era rico em fósforo e em nitrogênio, era desprovido de enxofre e resistente à ação da pepsina (enzima proteolítica). ❑ Esse composto, que aparentemente era constituído de moléculas grandes, foi denominado, por Miescher, nucleína. ❑ Essa substância foi isolada também da gema do ovo de galinha e de espermatozóides de salmão. ❑ Em 1880, um outro pesquisador alemão, Albrecht Kossel (1883 – 1927), demonstrou que a nucleína continha bases nitrogenadas em sua estrutura, explicando o fato da nucleína ser rica em nitrogênio. ❑ Nove anos depois, Richard Altmann (1852 – 1900), que era aluno de Miescher, obteve a nucleína com alto grau de pureza, comprovando sua natureza ácida e dando-lhe, então, o nome de ácido nucléico. ❑ A partir daí, o material mais utilizado para estudo e obtenção do ácido nucléico passou a ser o timo de bezerro, cujo tecido apresenta células com núcleos grandes. ❑ Foi descoberto que a degradação do ácido nucléico do timo, chamado de ácido timonucléico, liberava quatro tipos de bases nitrogenadas: ❑ - dois tipos de bases púricas: adenina e guanina (A e G) ❑ - dois tipos de bases pirimídicas: citosina e timina (C e T) ❑ Em 1890, foi descoberto em levedura (fermento) um outro tipo de ácido nucléico, que possuía uracila ao invés de timina e