Ácido e base
Nos primórdios dos estudos entre estas classes, o primeiro a ter uma teoria a respeito dos ácidos e bases foi o Svante August Arrhenius em meados do século XIX. Arrhenius estabeleceu os ácidos como substâncias que, em solução aquosa, liberam íons positivos de hidrogênio (H+ ), enquanto as bases, também em solução aquosa, liberam hidroxilas, íons negativos (OH- ). Entretanto, a deficiência da definição de Arrhenius quanto ao fato de uma substância ser ácida ou básica somente em meio aquoso, provocou o estudo e o surgimento de novas definições ("teorias") para ácidos e bases.
Em 1923, Johannes Nicolaus Brönsted e Thomas Martin Lowry propuseram uma nova definição, chamada de definição protônica. Para Brönsted-Lowry a definição protônica definiu um ácido, como toda substância (molécula ou íon) capaz de liberar um próton (H+ ); e uma base, como toda substância (molécula ou íon) capaz de receber um próton. Esta definição é muito mais ampla que a de Arrhenius, uma vez que o meio reacional não influi na propriedade de ser ou não um ácido ou uma base e não é necessário, nem mesmo um meio úmido para as reações ocorrerem.
No mesmo ano que Brönsted e Lowry propuseram a definição protônica para ácidos e bases, Gilbert Newton Lewis, químico americano, propôs uma definição ainda mais abrangente para ácidos e bases, a definição eletrônica. Lewis definiu um ácido como uma espécie capaz de receber pares de elétrons, e base como uma espécie capaz de doar pares de elétrons, formando ligações químicas. A definição de Lewis abrange, ou seja, explica os casos das definições de Bronsted-Lowry e de Arrhenius, sendo, portanto, a mais aceita. No entanto, as definições de Arrhenius e de Bronsted-Lowry também são utilizadas para explicar alguns casos. 4, 5, 6, 7.