X campo de altitude
X.1 Histórico
O primeiro registro desse tipo de vegetação foi caracterizado Em 1867, quando o botânico dinamarquês Johannes Eugenius Büllow Warming apresentou um mapa das regiões fitogeográficas do Brasil, no qual destacou, pela primeira vez, as vegetações de campos rupestres e de altitude como uma formação à parte do Cerrado e da Mata Atlântica, denominando esses tipos vegetacionais de “höjeste med en alpinsk flora beklædte bjergtopper” ou “topos de montanha mais elevados cobertos por uma flora alpina” (Gomes et al. 2006). Sampaio (1938) e Mello-Barreto (1949) denominaram a vegetação aberta dos topos de montanha do Leste brasileiro de “campos alpinos”, possivelmente seguindo a sugestão do mapa produzido anteriormente por Gonzaga de Campos (1912). Azevedo (1962) considerou esses campos, na região Sul do Estado de Minas Gerais, como uma única unidade, sugerindo o nome de “savana especial dos altos divisores”.
X.2 Definições
Os campos de altitude são típicos dos pontos mais elevados de montanhas que se soergueram principalmente durante o Terciário (Serras do Mar e da Mantiqueira), estando geralmente situados acima de 1.500 m de altitude e associados a rochas ígneas ou metamórficas, como granito, gnaisse e, no caso particular de Itatiaia, nefelino-sienito (Caiafa & Silva 2005, Alves et al. 2007). Uma exceção é representada pelos campos de altitude do Parque Estadual da Serra do Mar, no Núcleo Curucutu, que ocorrem em cotas mais baixas, entre 750 m e 850 m de altitude (Garcia & Pirani 2003). Estes autores sugeriram que a altitude não seria determinante para a ocorrência desse tipo de vegetação, mas uma combinação de fatores, tais como condições topográficas, proximidade do oceano e circulação atmosférica. Os campos de altitude das Serras do Mar e da Mantiqueira são representados por um conjunto de comunidades predominantemente herbáceo-arbustivas que variam em função do relevo, microclima, profundidade do solo e natureza do