Sociedade Civil e controle social: Desafios para o Serviço Social (Maria Valéria Costa Correia)
(Maria Valéria Costa Correia)
O artigo trata do tema Controle Social dentro da relação Estado e sociedade civil, tomando como referencia a obra de Antonio Gramsci. Apresenta os desafios dos assistentes sociais inseridos nesse campo, na perspectiva das classes subalternas.
Primeiramente, a autora vai abordar a concepção de sociedade civil gramsciana e liberal diferenciando, as duas concepções. Na concepção liberal de sociedade civil, esta última é considerada homogenia e portadora de interesses universais, visam superar o antagonismo de classes e estabelece negociação e parceria entre Estado e sociedade para solucionar problemas considerados universais, estabelecendo uma nova relação colaboracionista baseada no consenso entre as classes. Nessa perspectiva, a sociedade civil é vista como predominantemente política sem articulação com a base econômica, formando com espaço homogêneo sem contradição de classe.
Na concepção gramsciana, a sociedade civil é vista de outra formar, pois o termo “sociedade civil” é um termo que através de Gramsci é atribuído novas determinações a teoria marxista do Estado.
“Na perspectiva gramsciana, a sociedade civil é o lugar onde se processa a articulação institucional das ideologias e dos projetos classistas. Por isso, consebê-la sem o corte classista, como não contraditório, homogenia e articuladora de instituições indiferenciadas, tende a minimizar a percepção dos conflitos sociais e do seu papel na transformação social” (Dias, 1996, p. 114)
Em um segundo momento, a autora aborda o Conselho gestor de políticas sociais, onde ela trata como um espaço contraditório de controle social. De acordo com a teoria gramsciana de sobre Estado e sociedade civil, constatou-se que controle social não é do Estado ou da sociedade civil, mas das classes sociais. A partir essa concepção de Estado ampliado em Gramsci, que surgiu a possibilidade de o Estado ser controlado pelas