Signo ou Representamen
Faz tempo que estou devendo uma postagem continuando a falar sobre a semiótica de Peirce. Portanto, aí vai!
Pra começo de conversa, digo logo que vou fazer muito uso da semiótica aplicando-a em signos existentes [ou seja, vou tentar sair um pouco da abstração e trazer as categorias para elementos cotidianos, como fotografias e produtos]. Titia Santaella [farei um post sobre ela também] diz que o objetivo de Peirce era a mais pura abstração, mas que mesmo assim a gente pode usar sua lógica para tentar entender os signos [verbais e não-verbais], já que eles estão cada vez mais presentes em nossas vidas.
O PRIMEIRO
Tá vendo a foto aí em cima? O que você vê? Ou melhor, o que você sente primeiro? É difícil para nós definir claramente qual a imediata sensação causada na mente pela visão de um fenômeno.
Estudando fenomenologia, Peirce considerou como experiência tudo o que aparece à mente do indivíduo; seja real ou imaginário, seja uma imagem ou um som, seja o que for. No caso da foto acima, é bem provável que a primeiridade [impressão imediata ao se deparar com uma experiência] esteja relacionada com suas cores e texturas. Porque a primeiridade é isso, é apenas sensação, nada de definição ou de análise. É pura e simples sensação.
O SEGUNDO
Quase que imediatamente ao momento da aparição da experiência na mente do indivíduo, já estamos na secundidade. Observe novamente a foto. Pronto! É uma foto. Você definiu que aquela imagem é uma fotografia, certo? Então. A secundidade ocorre no