SIDMAN – CAP 4
Punição: o que há nela para nós?
“Punimos pessoas baseados na crença de que a levaremos a agir diferentemente. Usualmente queremos parar ou evitar ações particulares. (...) Queremos colocar um fim à conduta indesejável” (p. 81).
Como (comumente) nos posicionamos frente à punição e o que conhecemos sobre seus efeitos?
“Ninguém gosta de ser punido. Ainda assim, prontamente usamos ou toleramos punição. Por meio de leis e costumes sociais cada um de nós tem até mesmo concordado que a punição é uma maneira aceitável para a comunidade controlar nossas próprias ações. Esperamos que outros façam justiça e concordamos em fazê-la nós mesmos” (p. 81).
“Punição é trivial em nosso mundo. Ela funciona? Ela atinge seus propósitos? Ela é realmente uma maneira efetiva para impedir ou nos livrar do comportamento?” (p. 81)
“Só ocasionalmente ouvimos solicitações de dados. O que realmente acontece à conduta que é punida?” (p. 82)
“Estatísticas sociais podem ajudar a responder tais questões, mas estão notoriamente abertas à manipulação e viés interpretativo. (...) podem fornecer indicações valiosas e hipóteses interessantes sobre questões sociais importantes, mas podemos sempre discordar das interpretações de conclusões.
“É aqui que a análise do comportamento pode contribuir. No laboratório é possível dividir o mundo, descobrir como cada elemento trabalha independentemente dos outros e, então, colocar as partes juntas novamente, uma de cada vez, para ver como elas interagem uma com a outra. Em vez de basear nossa (...) em nossos sentimentos, convicções religiosas ou morais, ou dados incorretos, podemos chegar a conclusões racionais baseadas em evidência válida” (PP. 82-83).
O que realmente acontece quando se usa punição?
1. Muitas vezes a punição tem efeitos apenas temporários. Ou seja, após algum tempo o organismo volta a emitir as respostas punidas na mesma freqüência que antes.
a. Como um punidor que era inicialmente eficaz torna-se incapaz de