S.o.s. joão mosca-resumo
Depreende-se (já que não tive acesso à obra integral) que o autor, na parte final da sua obra, optou por fazer um resumo das ideias expostas. E, ao procedermos à leitura do mesmo, podemos perceber que também houve a intenção de reforçar algumas ideias e alguns alertas. Assim, esta opção de "Resumo", afigura-se bastante apelativa e intencional.
Para combater a crise africana - e a crise da globalidade das sociedades - o autor alerta para a necessidade de mudança nos paradigmas políticos, sociais e culturais que devem acontecer tanto dentro como fora do continente africano. Só assim, no ponto de vista do autor, causas como a marginalização, a pobreza e a dependência podem ser ultrapassadas «para que as políticas económicas e sociais contribuam para o desenvolvimento equilibrado, mais equitativo, sustentado e socialmente justo, devem ser formuladas a partir das condições referidas e serem aplicadas por agentes políticos, económicos e da sociedade civil que priorizem os interesses dos povos».
De facto, João Mosca reforça várias vezes a necessidade dos países desenvolvidos serem justos na partilha da riqueza com África, que respeitem os povos africanos em vez de lavarem a consciência com alguma caridade mesquinha, que paguem os justos valores pelas matérias-primas fornecidas ou pelo trabalho praticado pelos países africanos, que nas instituições internacionais se encontre um concenso quanto à resolução da crise africana, porque a crise também é mundial.
Por outro lado, o autor também se vira para dentro do continente africano. Ou seja, também apela aos governos dos países em desenvolvimento que zelem pela justiça, pela verdadeira democracia e pelo desenvolvimento dos seus povos. Para isso, levanta algumas