Resenha do documentário “Juízo – Jovens Infratores no Brasil” de Maria Augusta Ramos.
O documentário “Juízo – Jovens Infratores no Brasil” de Maria Augusta Ramos, retrata situações vividas por menores infratores entre o momento em que são presos e o do julgamento, envolvendo a reação dos familiares, o tratamento dos operadores do Direito para com aqueles, a reação dos próprios adolescentes em julgamento, o mais notável no entanto quando recordamos o documentário, é o comportamento da Juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho, que a todo momento da audiência trata os jovens infratores com linguajar comum, tornando possível a compreensão de todos, e analisando todos os casos de acordo com a moral da sociedade, nota-se também a incerteza nas falas dos advogados e defensores, que a todo momento parecem profissionais sem reações diante a decisão imposta pela Juíza. A maneira como ela discursa perante o infrator tem a característica de repreender o ato praticado pelos adolescentes e assim dar uma lição de moral implícita que somará com a medida aplicada. Esse documentário projeta um olhar crítico sobre a realidade socialmente dramática que ocorre nas audiências da 2ª Vara da Infância e da Juventude, da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, e as condições de ressocialização duvidosa a que são submetidos os infratores menores de idade (de 12 a 18 anos), contemplados com a medida sócio-educativa de internação entre outras.
Fica muito clara a diferença entre o que o texto diz e o real tratamento que a juíza tem com o infrator. Pelos olhos da razão poderíamos concluir que nem sempre é possível tratar o infrator com carinho e benevolência, tem que haver a punição, mas se a nossa legislação é branda demais com os menores que tomam atitudes ilícitas, os nossos representantes do poder devem ter uma postura um pouco mais impositiva ou até mesmo agressiva, assim como faz a Juíza, para que quem viver em sociedade saiba respeitar as regras. Porém, o texto “O Juiz e a