P Scoa
Para entendermos o alcance da Páscoa cristã precisamos entender o alcance da Ressurreição de Jesus e o que isto tem a ver com a vida. Todos os relatos alusivos à Ressurreição de Jesus se preocupam com o sentido último de nossa vida. Somos chamados e vocacionados à Ressurreição porque o Cristo ressuscitado é a nossa vida. Se de fato ressuscitamos com Ele como afirmam os evangelhos, por isto devemos assumir a grande responsabilidade de defensores da vida e atuar de acordo com a nova vida que Deus nos proporcionou quando ressuscitou o Seu Filho Unigênito (Atos 2.32).
Infelizmente, na Modernidade, viver se tornou perigoso, um risco. O medo da morte tem reinado no cotidiano de cada indivíduo de nosso tempo. Não há segurança e nem liberdade para desfrutarmos o dom que Deus nos concedeu. A vida passou a valer quase nada por causa da violência, sofrimentos, enfermidades e doenças desconhecidas que atuam como mecanismos da morte. São os vilões que ceifam a vida humana. Neste sentido, a desesperança, as crises existenciais, relacionais e interpessoais, as inversões dos valores que nos dão equilíbrio numa sociedade em crise de identidade, o nosso caráter e os nossos direitos têm colaborado insistentemente no aniquilamento da criação humana de Deus. É! Parece que o sopro divino que nos sustenta e nos entusiasma está se esvaindo de cada um de nós trágica e incontrolavelmente. Diante deste quadro nos sentimos ineficazes.
Entretanto, não estamos esquecidos e nem à mercê da morte que quis acabar de vez com Jesus Cristo na Cruz e confiná-lo eternamente no túmulo. Para a nossa exultação, “tragada foi a morte pela vitória” e a ressurreição do Cristo, o preterido de seus algozes, devolveu-Lhe a vida em glória e a nós também. A Ressurreição é uma ação exclusiva de Deus, a qual nos foi concedida consoante a Sua Graça e por