P lula Matrix
Pílula Matrix
Empresas na bolsa
São Paulo
2015
Empresas na bolsa
O vídeo escolhido tem como destaque a queda brusca na bolsa de valores da companhia aérea GOL, registrada no dia 18/08/2015, com recuo de 6,38%. Fato ocorrido após a aprovação pela Comissão da Reforma do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) da abertura de 100% do capital das empresas aéreas do País ao capital estrangeiro, atualmente limitada a 20%. Tal medida ainda está em tramitação no Senado, e, caso seja aprovada, a proposta é que sua adoção seja gradual afim de minimizar os impactos da adaptação das empresas às novas regras. A medida é polêmica e divide analistas. A abertura de 100% de capital estrangeiro, principalmente se considerarmos a atual conjuntura econômica brasileira, poderia acarretar em uma concorrência desleal alavancada pela força do capital estrangeiro, quando não a extinção das empresas nacionais e diminuição de postos de trabalho. Em contrapartida, a abertura de capital pode ser conduzida de forma a atrair os investimentos que sejam deficitários no país, sejam de infraestrutura, industrial ou com o intuito de melhorar os serviços já disponibilizados internamente, que é o caso das companhias aéreas. O capital externo com um caráter complementar (formado por capitais de risco de longo prazo), e direcionados aos setores nos quais não há viabilidade econômica interna ou dos quais não temos domínio tecnológico, pode ser uma excelente estratégia. Quando mal empregado, desbalanceia as contas externas e pode diminuir a capacidade do Estado em exercer política econômica. Para alguns países/continentes de referência, com Estados Unidos e Europa, o limite de abertura é de 25% e 49%, respectivamente, o que é uma medida restritiva com o intuito de proteger do mercado interno. A questão precisa de uma análise mais profunda de ordem qualitativa e quantitativa, pois, com o cenário nebuloso que o Brasil ultrapassa no momento, talvez o ideal fosse