O “Retrato do Brasil” por Paulo Prado
Centro de Ciências Sociais – Departamento de Comunicação Social
Especialização em Comunicação e Imagem
Disciplina: Imagens e Representações do Brasil
Professor: Daniel Mesquita Pereira
O “Retrato do Brasil” por Paulo Prado
Aluno (a)
Setembro/2006
INTRODUÇÃO
Paulo Prado (1869-1943) concebeu sua obra “Retrato do Brasil” para ser um mero ensaio. Com ela queria gerar opiniões que não precisariam se impor, mas que fossem discutidas como fator importante na formação da sociedade brasileira e fatores históricos preponderantes. Questões em torno das identidades e das definições do caráter. Nessa sua obra escolhida, ele sustentava a tese de que a tristeza era algo intrínseco do caráter brasileiro. Por isso começa o livro com frase tão antagônica: “Numa terra radiosa vive um povo triste”.
Ele não esperava obter a repercussão que ocorreu. Fato é que ele não se limitou a criticar a realidade, mas foi mais longe, criticou as interpretações deformadoras da realidade e ainda reinterpretou a realidade de modo a apresentar novos objetos, outros conceitos e diferentes narrativas no campo da literatura e do ensaio.
Homem de sobrenome ilustre, Paulo Prado veio de uma família rica da aristocracia paulista. Seu pai ara deputado geral e ele teve o que lhe poderia ser de melhor em seus estudos. Estudos secundários na Corte, estudos de música, dança e línguas estrangeiras, curso de direito (o que já lhe dava uma autoridade bacharelesca) na última turma do Império, viagem a Europa.
É em Paris, morando com seu tio Eduardo, jornalista e escritor monarquista, que desenvolve seu gosto pelas coisas da inteligência e da arte. Intelectual refinado, com circulação nos meios intelectuais parisienses, retorna ao Brasil onde se envolve com os negócios da família relacionados à produção e comercialização do café.
Já aos 50 anos conhece o historiador Capistrano de Abreu, que vira seu mestre. Houve uma relação de ajuda