O “HÉRCULES DA PREFEITURA” E O “DEMOLIDOR DO CASTELO”

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O “HÉRCULES DA PREFEITURA” E O “DEMOLIDOR DO CASTELO”

O transcurso da década de 1919, e seus numerosos acontecimentos, para a década de 1920, é a temática pesquisada e desenvolvida pela historiadora Marly Silva da Mota, ela busca fazer um estudo analítico comparando as duas autoridades executivas mais emblemáticas da época, no cenário do Rio de Janeiro, a Capital Federal. O Prefeito Paulo de Frontin, conhecido pela sua determinação e competência pela imprensa, como o “Hércules da prefeitura” notabilizou-se por ter conseguido em tão pouco tempo de gestão (seis meses), realizar obras de grande vulto na cidade; e Carlos Sampaio responsável direto pela remoção do morro do castelo, uma aspiração antiga das elites cariocas, além de realizador de várias outras obras de beneficiamento para a população da Capital. Chefiou o poder executivo da cidade até 1922.
Tanto o prefeito Paulo de Frontin quanto seu colega Carlos Sampaio eram engenheiros, sendo o último, também urbanista. Os prefeitos engenheiros afinizaram-se a ponto de tornarem-se sócios em negócios da iniciativa privada intermediando em suas empresas obras importantes na cidade, o que causou um nascente interesse nos estudantes da elite pela profissão de engenheiro. Como homens públicos ocuparam cargos de direção em diversos setores importantes para a população especialmente no setor de transporte de massa representados pelos trens. Frontin dirigiu por duas vezes, desempenhando importante trabalho na expansão da malha ferroviária, a Estrada de Ferro Central do Brasil e pelos bondes, Carlos Sampaio fez parte da diretoria da Companhia Ferrocarril do Jardim Botânico. Por essa época, sob a justificativa de construir um túnel para benefício do comércio e da população, o túnel João Ricardo, houve negociações e a Melhoramentos, empresa cujos sócios eram Frontin, Sampaio e Vieira Souto ganhou a concessão. Era o fim do maior cortiço da cidade, o “Cabeça de Porco”. O consórcio ganharia

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