« O título escolhido: “o nome da Rosa” era uma expressão usada na Idade Média que servia para denotar o infinito poder das palavras e este é o ponto principal da estória, pois a igreja tenta a todo custo “apagar” as palavras de Aristóteles, um filósofo extremamente conceituado pelo clero pelo fato da igreja ter assumido o sistema cosmológico do grego, que colocava que o universo era composto de duas regiões: o céu e a terra. Teoria esta que se afinava com o Gênesis bíblico. Aristóteles passou a ser figura respeitável do clero quando São Thomas de Aquino, uma expoente figura da teologia cristã inseriu no cristianismo a ciência e a filosofia de Aristóteles, passando inclusive a ser chamado por muitos do clero como “O Filósofo”, portanto, contrariar Aristóteles era o mesmo que contrariar as sagradas escrituras. Aristóteles que era até então “usado” pela igreja passa a ser um “problema” quando é descoberto o segundo volume de uma obra sua sobre a Poética que tratava da comédia. Vale a pena ressaltar que a existência desta obra não é comprovada até hoje por um destes dois motivos: ou nunca foi escrita ou então foi queimada no incêndio da Biblioteca de Alexandria. O suposto segundo volume da obra de Aristóteles pregava a natureza boa e cognitiva do riso, fato que era inaceitável para a igreja na Idade Média que ligava o riso ao diabo, e a obra sobre a comédia dizia ser o riso e a sátira remédios milagrosos e que a representação exagerada dos defeitos, vícios e fraquezas purif « Uma das obras que melhor traduziram para um público amplo a importância do aristotelismo para o pensamento cristão da Idade Média foi O nome da rosa (1986), do filósofo e escritor italiano Umberto Eco (1932- ). Toda a trama da obra de Eco, tanto do livro quanto do filme nele inspirado, gira em torno de um livro misterioso, que acaba por levar vários monges à morte em uma abadia medieval. Ao final, percebe-se a importância da obra, um tratado do filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322