O voto

Vivemos num país que é considerado uma das maiores democracias do mundo. Temos o direito (e dever) de poder participar ativamente das escolhas dos nossos representantes no governo. Como a palavra revela por si só, democracia é quando o poder é derivado do povo ("demo+kratos"). A democracia assume várias formas, e julgá-la positivamente não é um pensamento unânime. Muitos a criticaram ao longo da história, exemplo de Maquievel e Platão. Em seu livro, “A República”, Platão demostra a sua opinião quando fala que num regime democrático em que domina a
 anarquia, não corresponde um estado individual e uno, mas a 
uma coleção de estados
 diferentes, o que dispensa uma 
espécie de igualdade tanto ao que 
é igual, como ao que é desigual.1 Mesmo com tantos sábios a discordar, fazer parte de uma sociedade democrática é de grande satisfação para o cidadão, pois afinal ela proporciona liberdades de uma maneira que nenhum outro regime proporciona, que é expressa principalmente pelo sulfrágio universal, ou seja, o direito ao voto.
No Artigo 14 da Constituição Federal do Brasil consta que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos.2 Esse direito dá força ao povo para mudar e traçar um futuro político que o agrade. Essa romântica visão de que o cidadão tem fome de mudança e vontade de melhorar a sociedade em que vive parece um pouco exagerada diante da realidade que é possível ser observada no estado de Alagoas.
O cidadão para praticar o voto conscientemente deverá conhecer quem pode merecê-lo; deve, também, observar as virtudes públicas e morais dos candidatos, refletir sobre suas propostas de governo e, após reunir todos esses elementos e outros que julgar lícitos e proveitosos, pensar em que votar e, com dignidade e discrição votar com plenitude de consciência3. O voto no Brasil tem caráter compulsório (para uma faixa etária prevista na constituição), passando de ser identificado apenas como um direito,