O Verde vem do Azul
Lília Antônia Matos Austregésilo*
Resumo: Segundo o filósofo Martin Buber a importância da relação entre o Eu e Tu deve ser considerada como fator primordial para a aquisição do saber e, por conseguinte a felicidade. Quando aprendemos a andar de bicicleta, com a ajuda do outro, seguimos adiante auto-suficiente com nosso novo saber. Porém, ao conduzirmos os cavalinhos de um carrossel, acreditando estarmos sozinhos, estaremos na dependência do outro (o operador do carrossel) e este necessitando de nossa presença para compor junto aos cavalinhos a existência de seu brinquedo. Numa interdependência constante entre o Eu e o Tu.
A “Constituição” da Communa de Paris compreendia esse princípio.
Palavras Chave: Felicidade - Sociedade - Educação do Indivíduo
A felicidade é o fim de todos.
A sua localização, o seu tempo é a meta de todas as sociedades e indivíduos.
Como atingir é o processo que tem estimulado ações nas diversas áreas das ciências, nas diversas sociedades, nos indivíduos de todas as faixas etárias.
É a este estado ou condição que artistas, filósofos, intelectuais e atores de diversas camadas sociais se dedicam e problematizam, a partir de sua conceituação: do que é a felicidade.
E atropelando-se no primeiro passo, seguem esbarrando em estratégias imediatas, com fins imediatos, que a História, através da construção de uma “consciência histórica”, colocada por Jörn Rüssen, em sua obra Razão Histórica (RÜSSEN,Jörn, 2001: 56) tem demonstrado quanto alguns brados à felicidade calaram-se, mas que ao contrário destes, alguns outros ainda ecoam. E este é o caso da Comuna de Paris, que sua agudeza fez rachar os sólidos cristais de um império e cujas ondas sonoras ainda se fazem ouvir em movimentos de momentos presentes.
Confúcio em seu ideal de sociedade perfeita (feliz) tinha como meta um ajustamento de conduta baseado nas tradições de comportamentos virtuosos e voltados ao Bem, que seria adquirido através do indivíduo, que