O valor do trabalho

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O valor do trabalho
No período da mão-de-obra escrava, fazendeiro português funda colônia de imigrantes livres e assalariados.

A favor do trabalho livre e assalariado! Num tempo em que a maioria dos cafezais paulistas ainda utilizava mão-de-obra escrava, o comendador Montenegro fez diferente. Recrutou imigrantes e com eles fundou uma colônia que oferecia direitos inéditos a seus trabalhadores.
O português João Elisário de Carvalho Montenegro nasceu no município de Lousã, próximo a Coimbra, e chegou ao Brasil com cerca de 18 anos, radicando-se no Rio de Janeiro no início da década de 1840. Ele vinha de uma família de posses. Seu pai era um médico de prestígio em Portugal, mas envolveu-se em lutas políticas que lhe renderam perseguições e considerável perda de patrimônio. Diante disso, o jovem Montenegro decidiu tentar a sorte do outro lado do Atlântico.
Inicialmente dedicou-se ao comércio, trabalhando como caixeiro-viajante. Sua trajetória foi um sucesso: o negócio prosperou e o tornou conhecido como “rei dos viajantes”. Em 1867, resolveu investir seu capital na compra de uma propriedade em Pinhal, interior de São Paulo, e pôr em prática suas idéias sobre a melhor maneira de se administrar uma lavoura de café. Batizou a fazenda com o nome de sua cidade natal e começou a inovar já na contratação dos empregados.
O Núcleo Colonial da Nova Lousã adotou um sistema de recrutamento muito original. Aproveitando-se de sua condição de imigrante, o próprio Montenegro ia selecionar famílias de conterrâneos dispostas a vir para o Brasil trabalhar na fazenda. O procedimento teve rápida repercussão. Jornais da época não tardaram a creditar a este sistema grande parte do clima de boas relações que reinava na colônia e do sucesso alcançado pelo estabelecimento de Montenegro.
De fato, o ambiente era bem diferente daquele encontrado na maioria das fazendas que também utilizavam trabalhadores europeus. Nestas predominavam a desconfiança, os enganos, o desrespeito aos contratos

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