O VALOR DAS MERCADORIAS PARA DAVID RICARDO
O valor das mercadorias pode ser concebido a partir de duas maneiras:
- Da escassez da própria mercadoria;
- Da quantidade de trabalho necessário para obtê-la.
Segundo Ricardo:
“Não só o trabalho aplicado diretamente às mercadorias, afeta o seu valor, mas também o trabalho gasto em implementos, ferramentas e edifícios que contribuem para a sua execução.” (FOSCHETE, 2003)
A exceção direciona-se para mercadorias especiais, cujo valor está intimamente ligado com a questão da raridade. Ou seja, não há trabalho capaz de ampliar o número dessa mercadoria, o que indica que o valor da mesma não pode ser determinado pelo aumento da oferta. Alguns exemplos dessas mercadorias são: vinhos especiais, moedas raras, livros, música, poesias, pinturas, artes, etc. Mas, essas não são foco de interesse dos estudos de Ricardo.
Outro fator que contribui para a definição do valor da mercadoria é apontado por Ricardo como sendo o valor da terra, que corresponde ao montante pago ao proprietário da terra em decorrência do uso da mesma. Por isso, Ricardo estuda a natureza dessa renda e as leis que regulam o seu valor.
Ressalta-se que a renda somente equivale a um valor a ser pago se a terra oferecer condições propícias para ser cultivada. Esse aspecto é conhecido como sendo o “poder da terra”. O que nos faz concluir que existem diferentes tipos de terras, ofertando diversos níveis de fertilidade, inseridas em diferentes culturas, o que determina uma infinidade de custos ligados à agricultura, diferentes valores.
Vale destacar que para Ricardo existe uma relação entre preço e renda, em que o primeiro será consequência da segunda. A renda não é parte