Se no sentido proposto, o termo “Travessias” pressupõe percuso e percurso sugere mudança (num espaço e num tempo). As mudanças, necessariamente, ocorrem numobjeto pretendo aqui ocupar-me da literatura em língua portuguesa, no tempo contemporâneo e em seus vários espaços fazer observações, reflexões e questionamentos sobre tendências e sinalizações dessa produção literária. A pretensão é de que a idéia de travessia se faça visando apontar a diversidade existente nas várias literaturas dessa mesma língua. Nesse racíocinio pensar cultura provoca pensar a identidade cultural composta de múltiplas camadas e entedida como um senso de pertinência que é moldado pela intersecção de múltiplas influências (Kindler 1997; 22) pelo processo relacionada identidade cultural, impõem-se as perguntas quem somos, com quem nos, relacionamos? Tomo, de Homi bhabha, a concepção de entre lugar, para situar o que considero o foco dessas discussões, ou seja os momentos ou processos que são produzidos na articulação de diferenças culturais (Bhabha 1998;20) consideradas, as diferenças histórico- culturais dos povos lusófonos ( e não vou discutir aqui o sentindo colonizador, que o termo lusófono suscita) existem pontos de relação entre os textos africanos, brasileiros, asiáticos e portugueses em se tratando de questões mítcas, simbólicas ou mesmo indentitários, que perpassam essas literaturas sugerem pontos lusófonos se considerarmos que a história alimenta a ficção e essa por sua vez, influencia a história Simões 1998;23) Temos de considerar as condições históricas e culturais diversas dos povos de língua portuguesa e por conseguinte das suas respectivas literaturas dentro do foco proposto um primeiro aspecto a ser abordado. É o das descobertas portuguesas sobre o tema ou suscitados pelas viagens portuguesas tem destaque uma profusão de textos