O uso do crak: um problema social ás problema social restrito?
È certa a consciência da gravidade que a situação da drogadição ao crack chegou ao país. Embora o uso de drogas aconteça desde os primórdios da humanidade, ultimamente o seu abuso tomou dimensões preocupantes, configurando-se como um problema de saúde pública. O aparecimento do crack, droga feita da pasta de coca, piorou esse quadro ao aumentar os danos sociais e à saúde dos usuários. A dimensão dessa gravidade que a cada dia se torna mais urgente encontrar medidas para solucioná-la e isso somente será possível com a intervenção do Estado. Essa situação estabelece uma abordagem interdisciplinar. Desde 20 de maio de 2010, o comando dado pelo Governo Federal com a edição do Decreto nº 7.179, trata da situação. Que garante ações de prevenção do uso, tratamento e reinserção social de usuários, com a participação de familiares e a atenção especial para públicos vulneráveis (como no caso de crianças, adolescentes e população em situação de rua). Tudo isso numa proposta de permanente integração e articulação entre as áreas de saúde, assistência social, segurança pública, educação, desporto, cultura, direitos humanos e juventude. Nesta produção textual será destacada a questão da importância do serviço social nesta área.
Palavras-chave: Crack, Saúde pública, Problema Social.
INTRODUÇÃO
O consumo do crack no Brasil teve inicio na década de 1990, em áreas delimitadas como algumas cidades de São Paulo e regiões fronteiriças com os países produtores da coca. Desde os anos 2000, vem ocorrendo uma expansão desse mercado por todo o território nacional, com impactos clínicos e sociais sobre crianças e adolescentes, principalmente sobre aquelas que já se encontravam sob baixa proteção familiar, comunitária e de políticas sociais. O crack é elemento que contribui para a violência urbana. É uma causa para os homicídios e roubos nas cidades do Brasil. O crack suscita uma questão de saúde