o uso de medicamentos para emagrecer
Segundo João César Castro Soares, endocrinologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o primeiro passo é entender que a obesidade é uma doença séria e merece cuidados especiais, já que pode levar a complicações como a diabetes, aumento do colesterol, hipertensão, entre outros problemas. “Os medicamentos para emagrecer são importantes nas situações em que o excesso de peso chega a comprometer a saúde. Nesses casos, o uso de remédios pode ser indicado, mas sempre com orientação médica”, alerta.
Os riscos da automedicação
Para o endocrinologista, o problema é o fato de que, no Brasil, muitas pessoas recorrem à automedicação e tomam emagrecedores por conta própria, colocando a saúde em risco. Em razão desse comportamento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por regular os medicamentos no País, proibiu a venda de três inibidores de apetite derivados de anfetaminas (anfepramona, femproporex e mazindol). Já a comercialização dos remédios para emagrecer à base de sibutramina – que atuam na sensação de saciedade – continua liberada no Brasil, apesar de ser proibida nos Estados Unidos e em vários países da Europa. “Aqui a legislação foi alterada e hoje há maior controle no uso e na venda da droga, com a exigência da apresentação de um formulário especial preenchido pelo médico, por exemplo,” comenta João.
Só com orientação médica
Além de identificar se você de fato necessita do medicamento e orientar qual a droga mais indicada, o médico observa a ocorrência de efeitos colaterais e decide quando é hora de parar. Por isso, nunca tome medicamentos para emagrecer sem o acompanhamento