O uso da midia no cotidiano escolar
Tradicionalmente, as escolas preocupam-se com os conteúdos a serem vencidos. Na Pedagogia da Comunicação, as escolas ao invés preocuparem-se com a quantidade de conteúdos trabalhados, selecionam temas relevantes e atraentes, articulando-os às experiências dos alunos e conectando-os com a vida e a realidade social em que vivem,
Entendemos que a escola, ainda que se responsabilize pela transmissão e produção de conhecimentos, não pode se privar de abrir-se às novas formas culturais, aos problemas próximos de seus sujeitos, às diferentes (e, para alguns, novas) formas de comunicação.
O currículo não é uma realidade abstrata, à margem do sistema sócio educativo em que se desenvolve. Auxilia na compreensão de práticas educativas institucionalizadas e das funções sociais e culturais da escola. No entender de Sacristán e Gómez (2000), não é um conceito, mas uma construção cultural, um modo de organizar uma série de práticas educativas. Inclui valores, interesses sociais que contribuem com a inclusão ou exclusão de determinados conhecimentos/situações nos processos de ensinar e de aprender. Este processos estão em permanente composição, a partir do universo dos sujeitos escolares. É uma práxis, antes que um objeto estático; é a expressão das funções sociais, culturais e educativas de uma determinada instituição, num determinado tempo e espaço.
Freire, Penteado e Gutiérrez (apud Porto, 2000a) consideram que a prática social comum ao professor e aos alunos (como sujeitos diferenciados) constitui ponto de partida da ação educativa escolar e ponto de chegada, resultando a chegada numa prática social mais elaborada e qualificada para os sujeitos envolvidos. Para Penteado, o retorno à pratica social ocorre através da mudança qualitativa, tanto no aluno como no professor, ainda que com diferenças entre ambos; e a suposta igualdade no final do processo, postulada por muitos, "não se realiza, pois ocorre uma mudança qualitativa na