o uso da crase
O uso do acento grave, a crase, é a fusão da preposição “a” com o artigo “a” e só interessa à produção de texto e às questões teóricas. A crase nada mais é do que uma forma de concisão textual, pois com seu uso evita-se a repetição – “a” + “a”.
O emprego da crase também pode alterar a interpretação do texto. Por exemplo, há diferença nas sentenças: “Escrevia a Paulo Leminski” e “Escrevia à Paulo Leminski. Na primeira frase Paulo Leminski se apresenta como destinatário do que se escreve, é o receptor. Já na segunda frase “à Paulo Leminski” indica a forma, a maneira como se escrevia.
Desenvolvimento
Para que se faça o uso correto da crase existem algumas regras:
1.) Não há crase:
a) Diante de palavra masculina
b) Diante de verbo: “A corte persistiu a aplicar as Súmulas 656 e 668, repudiando a progressividade dos tributos reais...”.
c) Diante de certos pronomes: não há crase se o pronome não aceitar artigo. Para isso é preciso posicionar o pronome como sujeito da oração.
d) Diante de pronomes do tipo Vossa Excelência, Vossa Santidade:
e) Diante de palavras de sentido indeterminado:
f) Em expressões repetidas: (frente a frente)
g) Diante dos relativos “cujo”, “quem”:
h) Diante de nomes de lugares que não admitem artigo:
i) Diante da palavra “casa” ao trata-la como residência própria:
j) Diante da palavra “terra” no sentido de terra firme:
k) Depois da palavra “após”: “Mesmo após a edição da EC 29/2000 os fundamentos da jurisprudência...”.
l) Na locução “à distância”:
m) Diante de numerais:
2.) Há crase:
a) Com expressões adverbiais ou conjuntivas no feminino: "O tráfico de seres humanos no Brasil configura-se em direção à exploração sexual de mulheres e meninas”.
b) Quando a preposição “a” estiver contraída a pronomes demonstrativos “aquele (s)”, “aquela (s)”:
c) Quando a preposição “a” estiver em contração com o “a” de “a qual”:
d) Quando o substantivo está elíptico:
e) Nas locuções conjuntivas proporcionais: “... submetido à