O uso da cor e a sua influência em ambientes de varejo
Resumo
Este artigo é resultado de uma leitura de teóricos que abordam a utilização e a aplicação da cor em interiores com o objetivo de destacar os aspectos psicológicos e sensoriais das cores para o seu uso em ambientes de varejo.
Palavras-chave: Cor. Varejo. Interiores.
1 Introdução
Segundo ARAÚJO, M. Q. F, a cor durante muito tempo foi considerada como um excesso ou adereço desnecessário na nossa cultura arquitetônica. Este posicionamento foi imposto por movimentos tais como o modernismo e o purismo.
A ruptura com a cor na arquitetura acontece basicamente em virtude dos conceitos de forma e volumes precederem a sua utilização no desenvolvimento dos projetos de edificações, e conseqüentemente de interiores. Podemos observar esse reflexo no projeto de varejo, onde a insegurança na utilização das cores, muitas vezes em função da falta de conhecimento de sua importância, prejudica o resultado final dos ambientes.
Atualmente, passamos a observar uma constante busca da retomada de nossa cultura e cores, tão presentes em nossa paisagem natural e na arquitetura vernacular. As empresas no Brasil, como a Havaianas, por exemplo, vêm investindo muito na reformulação de sua marca e conceito ligando seu produto a questões de ecologia e nacionalismo, é o que nos mostra o projeto do arquiteto Isay Weinfeld na elaboração da loja conceito da marca em São Paulo. Essa valorização permeia desde os produtos, até o ambiente, objetos de estudo desse artigo.
Dentro dos ambientes de varejo podemos explorar vários exemplos de aplicação de cores, despertando sentimentos, anseios e necessidades latentes no consumidor.
Figura 1: Livraria da Vila, São Paulo, SP. Projeto Isay Wainfeld. Fonte: www.arcoweb.com.br No caso da figura 1, podemos observar que o arquiteto Isay Weinfeld no projeto arquitetônico da Livraria da Vila na cidade de São Paulo, explorou a cor amarela destacando o volume da escada de forma a