o uso correto de mim e me
Pronome oblíquo átono é o pronome usado sem preposição, mesmo que esta seja exigida; tônico, com preposição, mesmo que esta não seja exigida. Por exemplo:
Ela reconheceu-me.
Ela obedeceu-me.
O verbo reconhecer não exige preposição alguma, pois Quem reconhece, reconhece algo/alguém. Já o verbo obedecer exige a preposição a, pois Quem obedece, obedece a algo/alguém. Ambos, porém, podem ser complementados por um pronome oblíquo átono, sem preposição alguma.
Ela reconheceu a mim.
Ela obedeceu a mim.
O verbo reconhecer não exige preposição alguma, pois Quem reconhece, reconhece algo/alguém. Já o verbo obedecer exige a preposição a, pois Quem obedece, obedece a algo/alguém. Ambos, porém, podem ser complementados por um pronome oblíquo tônico, mas agora ambos com a preposição a, que é a preposição que será usada diante de um pronome oblíquo tônico quando o verbo não exigir preposição alguma.
Quando o verbo exigir outra preposição, que não a a, somente se usam os pronomes oblíquos tônicos:
Ela gosta de mim.
Ela mentiu perante mim.
Ela faz tudo por mim.
Em diversos testes, exercícios, trabalhos escolares e conversas nos bate-papos da internet tem havido muita confusão com o uso dos pronomes oblíquos ME e MIM. É de fundamental importância esclarecer que a forma pronominal ME completa o sentido de um verbo sem o auxílio de uma preposição, seja ela qual for; ao passo que o pronome MIM vem sempre seguido de preposição (a, para, de, sem, por, entre...). Dessa maneira, não se aceita construção como:
Guilherme MIM ofereceu um chocolate.
O correto seria: Guilherme ME ofereceu um chocolate, assim como também seria correta a construção: Guilherme ofereceu um chocolate A MIM.
Note que, no último exemplo, a forma pronominal é pronunciada mais forte (MIM) que a primeira (ME), o que justifica o fato de o primeiro pronome ser TÔNICO (pronúncia mais