O urbanismo como modo de vida
Para o autor a vida urbana é influenciada pela vida rural, até porque muitos de seus habitantes têm origem rural, e o urbanismo rompe as fronteiras da cidade, levando a sua influência para além de seus limites físicos.
Louis Wirth, procurou uma definição de cidade que captasse tanto a sua dimensão física quanto a social. A cidade como uma realidade, sendo determinada pela forma de associação humana e um meio que produz uma forma também específica de vida, a cidade não apenas como uma entidade física, mas um modo de vida.
Segundo Wirth, o urbanismo não deve ser confundido com urbanização ou com a entidade física da cidade, portanto, deve ser rigidamente limitado no espaço, mas como um modo de vida que se estende para além da cidade. No entanto, é nas grandes cidades, especialmente nas metrópoles, que ele se expressa de forma mais clara, logo trata-se de uma questão de grau e de intensidade, pois, se a cidade é como ele diz, uma concentração de actividades e instituições, tais como actividades industriais, comerciais, financeiras, administrativas, de transporte e comunicação, de equipamentos culturais e recreativos, de instituições culturais, de saúde, educacionais, religiosas, de pesquisa e de organizações profissionais, quanto maior for a cidade, maior será a presença dessas actividades e instituições.
O urbanismo estende-se para além dos limites da cidade, mas manifesta-se de forma mais intensa nas grandes cidades: Louis Wirth diz mesmo que “Quanto mais densamente habitada, quanto mais heterogénea for a sociedade, tanto mais acentuada serão as características associadas ao urbanismo.
No seu desafio de tentar definir a cidade, Wirth procura considerar tanto essa diversidade proveniente da reunião de muitas coisas num só lugar, quanto aos diferentes tipos de cidade: industrial (de uma ou de mais indústrias), comercial, de mineração, pesqueira, de estação de águas, universitária, uma capital,