O tráfico de seres humanos - Campanha da Fraternidade 2014 - Tráfico para Trabalho
O tráfico de pessoas é definido pela ONU – Organização das Nações Unidas – como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”.
Segundo a ONU, o tráfico movimenta atualmente 32 bilhões de dólares, e 85% provêm da exploração sexual.
As pessoas sujeitas ao tráfico humana são na maioria das vezes pessoas pobres, que acreditam nas farsas de um “futuro melhor” proposto pelos “gatos” – pessoas que os recrutam – e acabam aceitando serem levados para longe de sua família, amigos e cidade.
Os gatos – aliciadores – geralmente são pessoas que fazem parte do círculo de amizades da vítima, ou membros da família.
Lugares do mundo com grande escravidão: pecuária brasileira (62%), produção de cacau em Gana, tecelagens ou fábricas de tijolos do Paquistão, em olarias na China. Os desregulados sistemas de mercado de trabalho facilitam o crime. A escravidão contemporânea é um instrumento usado pelo capitalismo para se expandir.
No Brasil, o trabalho escravo está concentrado em regiões em torno das áreas de maior desmate da Amazônia.
É um trabalho degradante, aquele em que a pessoa é sujeita a situações nocivas a saúde e a dignidade humana. “Eles não denunciam para não serem deportados” – Denise Lapolla, procuradora. “Quando seu ganho é muito reduzido (geralmente no Brasil, R$ 500 por mês), ele não consegue receber para o seu próprio sustento, ai ele cria coragem e denúncia.” – procurador do trabalho, Luís Henrique Rafael.
É fato que longe de casa, as pessoas são mais propensas à escravidão, já que não conhece ninguém. A dificuldade de acabar com o trabalho escravo é gerado pelo poder econômico