O Tráfico de drogas: Uma ameaça à segurança do Brasil
Priscila Villela
O objetivo do artigo foi investigar se o tráfico de drogas pode ser considerado tema de “segurança nacional”, verificando às práticas políticas que estão sendo realizadas e como está sendo combatido o tráfico.
A partir de 1990 o tema “tráfico de drogas” é incorporado na agenda de segurança nas RI, que até então era tratado como um assunto militar.
Devido às transformações que ocorreram com o final da Guerra Fria e com o triunfo do neoliberalismo americano, possibilitou a liberalização do mercado e com ela, a abertura das fronteiras, especialmente na América do Sul. Como consequência desse processo aconteceu o avanço na comunicação, nos transportes e uma rapidez nas relações comerciais e sociais, assim como, facilitou a transnacionalização das organizações criminosas.
A partir daí o “tráfico de drogas” passa a ser encarado como um problema à segurança nacional e acontece uma pressão nas agências nacionais para que o conceito do tema drogas seja ampliado, já que conforme o conceito tradicional o tráfico não se enquadraria como um risco a segurança nacional por não ser exercido por um ator estatal.
Conceito tradicional: “o estudo da ameaça, do uso e do controle da força militar”. Para Williams o conceito de segurança deveria abordar não apenas ameaças externas, mas tudo que atrapalhe o funcionamento da sociedade, o tráfico pode ser considerado como uma das questões mais graves.
Bolívia, Colômbia e Peru são os maiores produtores de cocaína do mundo e com a entrada do tráfico como assunto de segurança nacional, fez com que a América do Sul e o Brasil mostrassem seus principais problemas. Apesar da América do Sul ser considerada a região mais pacífica do mundo em guerras formais e também considerada como a mais violenta devido aos conflitos de organizações criminosas.
Devido ao aumento do consumo de drogas norte americano, fez com que os EUA lançassem a “guerra às drogas” que,